sexta-feira, 13 de maio de 2011

Eu estava sentada,


em uma escada qualquer. Não queria sair dali, não tinha forças pra levantar. Meu coração batia tão devagar, mas tão rápido ao mesmo tempo. Não consegui conter as lágrimas. Deixei que elas caíssem, talvez aliviasse. Aliviou. Mas não passou. Continuei a olhar para o nada. Sem um rumo certo. Sem um caminho a querer seguir. Minha felicidade se encontrava em um lugar muito longe, no qual eu não tinha motivação, no momento, pra chegar sozinha. Estava com os olhos vermelhos, tentei esconder o olhar, tentei não demonstrar minha dor. Não sabia explicar o que eu estava sentindo. Meu coração não se controlou. Meu pensamento se alterou. Começou uma chuva, forte o suficiente pra me deixar molhada e com frio. Mesmo assim não sai dali. As gotas da chuva encontravam minhas lágrimas, elas em si se juntavam e se tornavam uma só, levando uma a outra, enfim, até o chão. Comecei a sentir algo diferente naquele instante. Não era dor, não era sofrimento, mas também não era amor. Não sei o que era. Sei que um ‘estou bem’ saindo da minha boca não convenceria ninguém, nem mesmo a mim mesma. Tenho passado por colisões constantes, algumas delas tem afetado meu coração brutalmente. Não entendo mais o que sinto. Olhe nos meus olhos e verá uma enorme confusão dentro deles. Meu olhar transmite o que minhas palavras não conseguem dizer, nem meu coração consegue sentir. Sei que não posso permanecer ali sentada, mas eu queria ficar naquele lugar, onde nada me impedira de colocar pra fora o que eu precisava. Esse mundo infinito de coisas contraditórias, coisas irônicas. Esse mundo que precisa de mais daquilo que chamamos de amor. Finalmente me pus de pé. A chuva já havia amenizado. Caminhei sem rumo outra vez. Mas já arranjando forças pra encarar o que ainda estava por vir.

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